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As minhas pernas.JPG

RELATO DO PACIENTE N.R., SEXO FEMININO


 

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" Bom, até então, tudo tinha começado após ter Covid em Agosto de 2020...

Comecei a apresentar algumas sequelas pós-covid.

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Fui orientada a passar por alguns profissionais e, entre eles,  o Neurologista. 

Estava sofrendo com insônia,  irritabilidade excessiva,  depressão, falta de memória,  respiração curta, ronco e apnéia.  Marido e filhos se preocupavam quando eu conseguia pois além dos roncos,  as paradas de respiração  (apnéia ) só estavam aumentando.  Ao relatar esses fatos com minha fisioterapeuta,  ela orientou a procurar ajuda médica.  A partir daí, tudo começou a ser esclarecido...

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Procurei então Dr. Guilherme Marques,  Neurologista e Médico do Sono em Junho/2021.

Feito alguns exames clínicos, laboratoriais e polissonografia.  Realmente comprovou os altos roncos,  a apnéia leve e a Síndrome da Perna Inquietas.  Nunca havia ouvido falar desta Síndrome.  Descobri o motivo pela qual a cama ficava tão pequena. Meu marido sempre dizia que eu estava a mexer tanto que quase o derrubava. Eis a descoberta.  Descoberta feita, bora lá tratamento. 

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Em meus exames laboratoriais foi constatado que a Ferritina estava muito baixa.  E esse é um dos motivos para se ter a síndrome. De início ao tratamento,  tive de usar reposição de ferro via oral (Neutrofer), pregabalina  e mais pra frente, pramipexol.  Tive de passar pela fonodióloga para fazer fortalecimento através de fisioterapia,  usar placa de ronco/apneia.  Tudo ia muito bem mas,  minha Ferritina não aumentava o suficiente.  O medicamento oral não estava surtindo um bom resultado então,  passou-se a tratamento endovenoso.  Foram duas semanas de tratamento com uma pausa de 3 meses para novos exames de sangue.

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Com o tratamento endovenoso, me senti muito revigorada, disposta,  animada até na prática  de exercícios físicos (  um dos requisitos importantes para a melhora ). Após a pausa de 3 meses, para minha alegria, triplicou-se minha Ferritina.  Agora fazer periodicamente o controle. 

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No início deste depoimento disse : , " até então tudo tinha começado após ter tido Covid".

Bom seria se tivesse descoberto essa Síndrome antes de Março de 2018.  Não teria sofrido tanto na minha recuperação pós cirúrgica de Artrodese Lombar. Após retirada dos pontos,  começou os meus problemas. Dormia sempre do lado direito. Mas ao longo do repouso, meu corpo, involuntariamente se mexia até ficar de barriga pra cima. Devido a isso, desencadeava choques. Minhas pernas se recolhiam e estendiam do nada. Eram choques intermináveis,  terríveis. Foram muitas idas e voltas ao hospital.  Chegaram a achar que seria líquido/seroma dentro do local da cirurgia. Morfina nem fazia efeito. Meu pai relata, em meio às lágrimas,  até hoje que achava que eu ia morrer. Só sabem o que passei as pessoas que estavam próximas.   Nada resolvia os choques,  o mexer involuntário do corpo,  a insônia, a dor em repouso...

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Infelizmente passei por tudo isso.  Não foi feito a descoberta da Síndrome das Pernas Inquietas a tempo.  Teria poupado todo sofrimento.  Temos dificuldades de reconhecer ao pedido de socorro, ajuda do nosso corpo. São sinais sutis que poupariam sofrimento e dor.

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Hoje peço e falo as pessoas próximas a mim que, se caso precise ser internada, não deixar de avisar sobre essa minha Síndrome. 

 

Agradeço muito ao dr. Guilherme Marques

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Por poder contar com sua dedicação,  experiência, cuidado, atenção prestada ao paciente. "

 

 

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